Recife cria protocolo para retorno de aulas presenciais nas escolas municipais; confira

Um protocolo conjunto das secretarias de Saúde e Educação do Recife estabeleceu uma série de regras para o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino, suspensas desde março de 2020. A capital pernambucana, no entanto, ainda não definiu uma data para que essa retomada ocorra.

O governo do estado autorizou que municípios retomem as aulas presenciais a partir da segunda-feira (26), mas cabe a cada prefeitura definir se retorna ou não. Na sexta-feira (23), a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) afirmou que as cidades do estado não tinham data para voltar.

O secretário de Educação da capital pernambucana, Fred Amâncio, afirmou, também na sexta, que, apesar da liberação do governo, ainda não era possível falar em data para voltar às aulas. A rede municipal da capital tem cerca de 93 mil alunos e 320 unidades.

Segundo o secretário, quando forem retomadas as aulas, primeiro, será a vez dos estudantes que estão nas etapas finais do Ensino Fundamental, até chegar aos outros níveis. Por telefone, a Secretaria de Educação do Recife reafirmou, neste domingo (25), ainda não ter uma data para a retomada das atividades presenciais.

Publicado no Diário Oficial do município, o protocolo conta com regras de distanciamento, limitação de estudantes por sala e também orientações sobre como proceder diante de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.

A distância mínima nas salas e demais locais das escolas deve ser de 1,5 metro entre os estudantes, mesmo que isso signifique ter turmas menores. Essa distância deve ser mantida também por trabalhadores de educação, com exceção dos profissionais que trabalhem com crianças em creches e pré-escolas.

O protocolo prevê, ainda, que sejam mantidos lugares fixos para os alunos tanto em sala, quanto nos refeitórios. Ficam suspensas a realização de eventos com grandes concentração de pessoas, atividades esportivas coletivas e também a utilização dos parquinhos infantis.

Os estudantes e equipes de trabalho devem ser organizados em grupos, buscando reduzir a iteração entre diferentes pessoas. Devem ser escalonados os horários de uso de espaços coletivos e também os de entrada, saída e alimentação das turmas para evitar aglomeração.

O protocolo prevê que sejam feitas ações para evitar aperto de mãos, beijos e abraços, além da demarcação do chão nas filas para garantir distância mínima de 1,5 metro no atendimento ao público;

Máscara e temperatura

O uso de máscara, assim como acontece nas ruas, deve ser feito nos ambientes escolares, com exceção das crianças com menos de 3 anos de idade, bem como pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial.

A máscara pode ser retirada para as refeições e guardada em um saco plástico, ou substituída. Não devem ser compartilhados materiais e utensílios de uso pessoal, equipamentos e ferramentas de trabalho como canetas, telefone celular, trenas, espátulas, entre outros.

Assim como ocorre já na rede estadual, é preciso aferir a temperatura na entrada das escolas. Em caso de temperatura acima de 37,5ºC, a pessoa deve ser direcionada a um espaço reservado, onde vai ser feita a aferição novamente e, em caso de confirmação, encaminhamento para atendimento.

 

Também há regras para limpeza dos espaços, oferecimento de álcool 70% e utilização de solução higienizadora para limpeza dos calçados na entrada das unidades.

Educação infantil

Além das regras válidas para toda a rede municipal, a educação infantil teve alguns tópicos específicos no protocolo, como as seguintes regras:

  • Deve-se colocar os berços ou outros locais onde as crianças dormem com distanciamento de 1,5 metro;
  • Os profissionais responsáveis por esse segmento escolar devem fazer uso de máscara a todo momento;
  • Na hora do sono, deve-se intercalaras posições das crianças nos colchonetes de forma que a cabeça de uma esteja na altura dos pés da outra, a fim de reduzir o potencial de transmissão do vírus;
  • Atividades lúdicas podem ser realizadas com grupos menores de crianças, preferencialmente ao ar livre
  • Crianças não devem levar brinquedos de casa para escola e nem devem manipular alimentos durante as atividades pedagógicas;
  • Mamadeiras, chupetas e copos devem ser higienizadas, seguindo procedimentos apropriados, com uso de escova após fervura e solução de hipoclorito de sódio;
  • Higienizar brinquedos, trocador (após cada troca de fralda), tapetes de estimulação e todos os objetos de uso comum antes do início das aulas de cada turno e sempre que possível;
  • Brinquedos que não podem ser higienizados, não devem ser utilizados;
  • Deve-se evitar o uso e reuso de lenços de pano;

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