Ex-diretores do Banco Máxima viram réus por crimes financeiros que teriam sido cometidos entre 2014 e 2016

Denúncia da Procuradoria detalha manipulações contábeis conduzidas pelo grupo, que responderá por gestão fraudulenta, prestação de informações falsas ao Banco Central e divulgação de dados inverídicos em demonstrativo financeiro no período.

A Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público Federal em Paulo e tornou réus por crimes financeiros dois ex-gestores do Banco Máxima e outras três pessoas em 14 de junho.

Eles responderão por gestão fraudulenta, prestação de informações falsas ao Banco Central e divulgação de dados inverídicos em demonstrativo financeiro entre 2014 e 2016. Com os delitos, os envolvidos pretendiam maquiar o balanço do banco para ocultar prejuízos e potencializar a captação de recursos no mercado.

A denúncia da Procuradoria detalha as manipulações contábeis conduzidas pelo grupo, que inclui o então diretor-presidente do banco, Saul Dutra Sabba, para dissimular a insuficiência de capital do Máxima em declarações destinadas ao Banco Central (BC), de janeiro de 2015 a março de 2016.

A aplicação de metodologias diferentes daquelas estabelecidas pelo BC e a omissão de informações nos cálculos apresentados permitiram ao banco assumir legalmente novos riscos e evitaram restrições à remuneração de seus diretores e acionistas.

Em nota, o Banco Máxima informou que “seus atuais acionistas assumiram a administração do banco em 2018, após aprovação pelo Banco Central, e que os integrantes da antiga gestão não têm mais qualquer relação com a instituição financeira”.

E que “as punições aplicadas pelo Banco Central restringem-se aos antigos administradores e jamais atingiu o banco com qualquer sanção ou inabilitação. O Banco Máxima nem a sua atual gestão fazem parte do referido processo instaurado no Ministério Público Federal”.

Também em nota, a defesa de Sabba informou que “o Sr. Saul ainda não foi citado da acusação, mas desde logo pode adiantar, com convicção e serenidade, que sempre atuou corretamente na gestão do Banco e confia na Justiça”.

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