Após dois anos de pausa forçada por causa da pandemia da Covid-19, a Parada da Diversidade voltou a colorir as ruas do Recife neste domingo (18). A 21° edição do evento, que este ano trouxe o tema “Nosso corpo é político e nosso voto é por direitos LGBT”, teve início ainda pela manhã durante concentração realizada no Parque Dona Lindu, zona sul da capital pernambucana. Já no período da tarde, 12 trios elétricos desfilaram na Av. Boa Viagem.
Cantor Romero Ferro foi um dos responsáveis por agitar o público (Taylinne Barret/DP Foto) |
Com atrações como Romero Ferro, Banda Sentimentos e Companhia do Calypso, os organizadores estimaram um público de 500 mil pessoas no evento. Um dos presentes foi o estudante Luanderson Ferraz, de 25 anos, que participou da Parada da Diversidade pela segunda vez.
“Aqui nós estamos tendo espaço para conscientizar a população, está sendo maravilhoso. Estamos criando um momento político que vai além da festa para que as pessoas votem em quem se importa com as minorias”, afirmou.
Nos trios elétricos, o mesmo tom de responsabilidade social foi incentivado pelos artistas. O cantor e compositor pernambucano Jáder falou sobre o momento. “É muito importante fazermos valer nossa voz e nossa resistência, principalmente nesse momento de eleição onde vamos escolher quem nos representa”, destacou.
Público coloriu as ruas da zona sul neste domingo (18) (Taylinne Barret/DP Foto) |
Apesar da felicidade pela retomada do evento e celebração da diversidade, alguns momentos de insegurança foram registrados. Com o grande volume de pessoas pelas ruas, uma série de arrastões e brigas interromperam a festa por vários momentos, chegando a atrapalhar a apresentação de alguns artistas que estavam nos trios elétricos.
Por conta da insegurança, parte do público optou por se retirar antes do previsto. “Eu queria ficar até o final da festa e acompanhar tudo porque essa foi minha primeira vez na parada, mas quando o volume de brigas cresceu achei melhor ir embora logo”, comentou a vendedora Kelly Monteiro, de 23 anos.