A especialista em marketing jurídico, Fernanda Vitarelli, comenta algumas vantagens de trabalhar o direito nas redes sociais
O advogado, diferente de outras profissões, tem algumas limitações para publicizar o serviço que presta. Quem determina o que pode e o que não pode é a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No ano passado, o provimento 205/2021 da OAB estabeleceu novas regras para a atuação jurídica no meio digital, e passou a permitir o impulsionamento de posts nas redes sociais.
Para a Head of Social Media da Harpa Legal Marketing, Fernanda Vitarelli, a novidade é uma oportunidade tanto para grandes escritórios, já consolidados, quanto para recém-formados que estão começando a exercer o Direito. “Para o jovem advogado, competir com grandes escritórios sempre foi um dos principais entraves do início de carreira. Com a nova resolução, por meio do marketing de conteúdo, o recém aprovado pelo exame da Ordem consegue se fortalecer como autoridade na área que pretende atuar”, diz.
O marketing de conteúdo jurídico nada mais é do que desenvolver temas de interesse para o seu público-alvo. A especialista ressalta a necessidade de traduzir a linguagem técnica que é comum entre os advogados. “Nesse conceito, utilizamos o interesse do perfil de cliente atendido para inserir os temas e trabalhá-los de forma acessível. É preciso lembrar que nossos clientes são, na grande maioria das vezes, pessoas leigas na linguagem jurídica. Isso precisa ser levado em conta pelo advogado na hora de planejar os conteúdos que vão alimentar as redes sociais”, pontua.
Fernanda Vitarelli acredita que para a estratégia funcionar, outras questões precisam ser observadas, além da tradução do linguajar do Direito. “É preciso ter criatividade. Buscar assuntos atuais e que sejam do interesse de seu perfil de cliente. Se você é do direito de família, por exemplo, e se especializa na defesa da mãe, é preciso levar em conta que você trabalha com o público feminino. A abordagem nesse caso é totalmente diferente para a defesa do pai, por exemplo, porque os problemas são diferentes entre as partes. Cada um terá dúvidas, dores e necessidades específicas”, pondera.